A Prefeitura de Montenegro segue enfrentado um desafio crescente com o alto índice de faltas em consultas, exames e até cirurgias agendadas na rede pública de saúde. Embora o município realize mais de 45 mil atendimentos por mês, muitos deles deixam de acontecer porque pacientes não comparecem ou não avisam previamente. Esse comportamento, já apontado no Plano Municipal de Saúde, compromete a organização das equipes e provoca a perda de vagas que poderiam ser utilizadas por outras pessoas, além de gerar desperdício de recursos públicos.
Em outubro, as faltas chegaram a 3.110. Destas, 2.068 referem-se a consultas médicas, odontológicas e pediátricas e outras 224 são atendimentos com médicos de atenção especializada. Na saúde mental, há 628 ausências registradas e, por mais incrível que pareça, pelo menos 190 montenegrinos não compareceram às cirurgias a que seriam submetidos, de acordo com a GERCON (Central de Gerenciamento de Consultas Especializadas).
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Andréia Coitinho da Costa, as ausências dificultam o acompanhamento contínuo dos casos e o processo de recuperação dos pacientes. “Cada vaga perdida impacta diretamente a eficiência do atendimento e a capacidade de resposta da rede. Além disso, aumenta as filas, prolonga o tempo de espera e prejudica quem aguarda por cuidados essenciais”, acrescenta.
Para a secretária, avisar quando não for possível comparecer é uma atitude simples, de respeito e consideração, que faz grande diferença para o funcionamento do sistema. “A colaboração da comunidade é fundamental para reduzir o absenteísmo, otimizar os serviços e garantir que mais pessoas tenham acesso ao atendimento de que precisam”, conclui.